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Calculadora da casa própria: financiar ou comprar à vista?

Financiamento bancário não é o único caminho para realizar o sonho da casa própria. E nem o melhor, na opinião de três especialistas em finanças pessoais. Eles afirmam que é possível pagar aluguel e poupar para comprar à vista, desde que o padrão de vida seja modesto – gastar menos do que ganha e poupar o restante no fim do mês, sempre com disciplina.

Ao fazer uma reserva financeira para comprar o imóvel, ele pode ser quitado em um tempo bem menor, e o valor desembolsado cai consideravelmente em relação ao total financiado, acrescido dos juros, que variam entre 8% e 12% ao ano. “Se você financiar hoje uma casa no prazo de 30 anos, quando quitar o imóvel terá pago o valor de até duas casas e meia”, exemplifica o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.

Calculadora do iG, desenvolvida com a ajuda da DSOP Educação Financeira, permite comparar os ganhos com investimentos e as depesas com um financiamento imobiliário.

Se o mesmo valor mensal for desembolsado em uma aplicação financeira, em sete anos e meio é possível comprar a mesma casa à vista, calcula o consultor. Para isso, pode-se encontrar aplicações de longo prazo nos papéis do Tesouro Direto (NTN-Bs) ou em planos de previdência privada, contanto que as taxas de administração e manutenção do investimento não consumam os rendimentos.

Pago aluguel. E agora?

O problema é que nem todo aspirante a comprar um imóvel tem o privilégio de morar na casa dos pais para juntar o dinheiro. Quem paga aluguel geralmente reclama que a despesa consome grande parte do orçamento doméstico. “Se o aluguel custar R$ 1 mil por mês e um financiamento custar R$ 2 mil mensais, aconselho ficar no aluguel e aplicar os R$ 1 mil restantes, para quitar o imóvel em menos tempo”, recomenda Domingos.

Outro argumento a favor do aluguel é que, quanto mais jovem for o investidor, menos ele precisa de uma casa própria, na opinião do consultor financeiro e autor de livros Gustavo Cerbasi. “Se o jovem assumir uma prestação elevada, vai limitar as oportunidades de arriscar na carreira e melhorar de vida”, diz.

Enquanto houver disposição para mudanças, a flexibilidade do aluguel é um ponto favorável. Já quando a pessoa começa a fincar raízes, após ter criado um bom patrimônio, estará mais preparada para sair do aluguel e comprar a casa própria, acredita Cerbasi. “Ele terá uma renda mais alta, Fundo de Garantia dor Tempo de Serviço (FGTS) acumulado e possibilidade de fazer um financiamento num prazo mais curto”.

Para o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas William Eid, o preço dos aluguéis atuais é bem irregular em relação ao valor dos imóveis. “Um bom rendimento seria de 0,6% ao mês, mas há casos em que o aluguel rende 0,3%”, exemplifica. Ele também considera que pagar um aluguel baixo e aplicar para comprar à vista é vantajoso, desde que a pessoa tenha um padrão de vida abaixo dos próprios recursos.

Um imóvel de quatro quartos com valor médio de venda de R$ 10.521 por metro quadrado, no bairro de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, tinha aluguel médio de R$ 39,08 por metro quadrado, segundo dados de junho do Secovi-Rio. Isso representa uma rentabilidade mensal de 0,37%. A caderneta de poupança, sozinha, teve rendimento líquido de 0,46% no mesmo mês, e terá ganhos maiores com a recente alta da Selic, a taxa básica de juros.

Seja qual for a escolha do consumidor, a prestação de um financiamento ou o aluguel não devem comprometer mais que 20% da renda familiar para assegurar um bom planejamento financeiro no longo prazo, recomenda Domingos, do DSOP.

Custos embutidos

Thinkstock/Getty Images
Lista de despesas do imóvel é longa e onerosa

Vale lembrar, também, que possuir um imóvel, por si só, não é garantia de patrimônio sólido ou valorização. A recente guinada dos preços no Brasil já apresenta sinais de acomodação em 2013, o que deve significar que os ganhos obtidos há poucos anos não se repetirão tão cedo.

“Se um apartamento comprado por R$ 1 milhão continuar valendo R$ 1 milhão após dois anos, haverá perda de 10% de seu valor, considerando uma inflação anual de 5%”, exemplifica Eid.

Ter em mãos o dinheiro à vista para comprar o imóvel, sem manter uma reserva extra, também é um erro, na visão do consultor Domingos. “O ideal é ter guardado pelo menos 50% a 100% do valor do imóvel para os custos adicionais”, aconselha.

A lista dessas despesas é grande e onerosa, ainda que a maior parte das pessoas leve em conta apenas o valor do imóvel ao adquiri-lo. Somente os móveis chegam a custar entre 20% e 30% do preço da casa ou apartamento, avalia o consultor do DSOP.

Para Domingos, mensalidade do condomínio, IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), escritura do imóvel e até o custo de vida na região escolhida – como o preço da escola dos filhos e a distância até o trabalho – devem ser levados em conta no valor final.

Domingos também desaconselha o uso do FGTS para dar entrada no imóvel. Pouca gente pensa, segundo ele, que na perda do emprego, a pessoa ficará descapitalizada para pagar as parcelas do financiamento, um risco muito grande. O ideal seria guardar a reserva para emergências ou mesmo para quitar o imóvel, orienta.

 

 

 

 

 


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